sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quando os Amalequitas chegam...

Em I Sm 30 vemos Ziclague ser saqueada pelos Amalequitas. Quando Davi e seus homens chegaram à cidade a encontraram queimada, e suas mulheres e seus filhos foram levados cativos. Nessa situação o vs 4 nos diz:


“Então Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e choraram, até não terem mais forças para chorar.”

...chorar até não ter mais forças... Muitos já viveram essa experiência. Talvez até na mesma intensidade experimentada por Davi, pois a força da dor que sentimos não depende de como os outros a interpretam, mas de como nós a vivenciamos. A dor de um término de relacionamento de um adolescente pode parecer, para muitos, banal, mas para ele é uma dor extremamente intensa, portanto deve ser respeitada. Quantas vezes já nos vimos assim e nestes momentos somos tomados pela angustia e ficamos cegos para ver que ainda não é o fim...

Não é pecado chorar, não é pecado sentir dor, não é pecado ver nossas forças esgotadas. É reflexo da nossa humanidade. Mas quando as forças acabam... O que fazer se não temos ao menos forças para chorar? O que fazer quando as forças acabam? O que a vida faz com a gente, depende daquilo do que ela encontra dentro de nós. O vs 6 mostra o que ela encontrou em Davi:

“Davi muito se angustiou, pois o povo falava de apedrejá-lo, porque todos estavam em amargura, cada um por causa de seus filhos e de suas filhas; porém Davi se reanimou no Senhor, seu Deus.”

Quando nossa vida se esvai, quando o choro for tão grande que as lagrimas se esgotarem, precisamos trocar o desespero pela confiança no senhor. O que a vida tem encontrado dentro de nós? A exemplo de Davi, temos um Deus capaz de nos levar das cinzas à restituição.

(Bruno Oliveira)

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