quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De que adianta ser livre?



Na Igreja de Deus existem muitas pessoas que embora tenham sido libertas da escravidão do pecado, por motivos mais diversos nunca chegam à terra prometida, ao propósito último de Deus. Meu receio é que gastamos nossa vida, tempo, energias e potencialidades simplesmente resolvendo crises internas e problemas orgânicos nas nossas igrejas.

Os israelitas haviam passado 430 anos no Egito, e creio que o efeito mais devastador daqueles quatros séculos e meio de escravidão foi roubar do povo a razão da sua existência. Eles haviam clamado à Deus por libertação, e Deus respondera enviando Moisés. Mas uma vez livres do sofrimento, do jugo e da dor, tornou-se obvio que lhes faltava propósito para a própria liberdade. Não partilhavam da visão de Deus cujo objetivo era não somente proporcionar-lhes alivio, mas também cumprir a promessa feita a Abraão séculos antes. (Gn 12.1-3)

O povo de Israel fora vocacionado por Deus para ser uma bênção para todos os povos, mas perdeu a visão no decorrer dos anos de sofrimento, e uma vez livres de Faraó, olharam uns para os outros questionando: Estamos livres, e agora?

O grande problema que enfrentamos nos dias de hoje é que as pessoas salvas, libertas da escravidão do pecado, vêem na salvação um fim em si mesmo: Estou salvo. Pronto. Está resolvido. Fomos salvos não apenas para resolver nossos próprios problemas, mas para sermos sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para proclamar as maravilhas daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.

Nossa vida reduz-se, então, a resoluções de problemas do dia a dia, e acabamos perdendo nosso objetivo de vista. Somos chamados a ser sal e luz neste mundo, povo escolhido para anunciar a nossa geração a grandeza da mensagem do evangelho, e se não tivermos essa visão, acabamos perdendo nossa vida no deserto.

Quando Moisés começou a orar novamente (Ex 14:15) o Senhor o interrompeu dizendo: Pára Moisés! Agora não é hora de orar. Agora é hora de marchar. Porque você está clamando a mim? Diga ao povo que marche.

Já ouvimos mais sermões do que o maná que caiu do céu. Agora o que você precisa, não é de mais sermões e sim de marchar.

Precisamos de homens, mulheres, jovens e adolescentes dispostos a colocar a mão no arado e não olhar para trás. Eu quero ser uma dessas pessoas.


Bruno Oliveira

terça-feira, 23 de agosto de 2011

"Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você... só enquanto eu respirar..."

By O Teatro Mágico

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Não acomodar com o que incomoda...
O Teatro Mágico

A gente tem essa mania... Pior é quando essa “estranha” mania se torna um estilo de vida... Lá atrás, talvez não tão distante, dá pra identificar quando ela começou a tentar reinar...

Temos que ser inconformados... com o sistema e com o antinomismo, com a desigualdade e com a uniformidade,  com aquilo que nos consome e com o que nem cócegas faz, com aquilo que incomoda... A gente tem mania de fazer do medo um destruidor de sonhos, de projetos, de situações. Não era pra ser assim... Se ao menos pudéssemos controlá-lo, se aceitássemos o conselho de Oswaldo Montenegro... “Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio...” E então... nos acomodamos...

É até paradoxal... Se incomoda porque nos acomodamos? Difícil explicar!!! O experimento é diferente do “experimentar.” No experimento se sabe o resultado final. O “experimentar” é uma incógnita.  A vida é um experimentar... a gente apenas... vive... Neste “experimentar” está contido também aquilo que nos incomoda, mas com a voracidade da nossa rotina escravisadora, passa a ser visto como o apêndice do processo do viver. Se torna normal, apesar de nos incomodar, e paramos de lutar. Quando chegamos a esse ponto nos acomodamos com o que incomoda.

Não... não pode ser assim... não é pra ser assim. Podemos nos inconformar, lutar pelo que cremos, pelo que sonhamos, pelo que... queremos. Por mais que o futuro se apresente numa figura utópica de realidade, o amanhã só é amanhã porque pessoas protagonizaram o hoje. Precisamos ser protagonistas do presente. Precisamos lutar pelo que sonhamos, precisamos sonhar com o que queremos, precisamos querer o que sentimos, precisamos sentir o que nos incomoda. Eu sinto... mas nem tudo depende só de mim. Verdade!!! Tem coisas na vida que não podem ser feitas sozinhas... O que posso fazer então? Nunca me acomodar enquanto isso me incomodar...

(Bruno Oliveira)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Seria diferente...

Seria diferente... O hoje poderia ser ontem se entendêssemos como funciona o Kairos... Nossa limitação, entretanto, nos faz desconectar essa ligação como se o amanhã não dependesse do ontem e do hoje. Pode até não ser determinante, mas é, em muitos casos, um resultado.
Interessante falar de resultados se eles são imprecisos. Quem disse que o resultado sempre será o mesmo quando as equações forem iguais? A gente até queria que fosse... Seria mais fácil... Porém tudo seria muito obvio, e exatidão e previsibilidade não combinam com a vida.
Se a vida fosse uma equação matemática não mais lutaríamos, apenas cumpriríamos tabela. Viveríamos uma rotina que nos levaria a um porto seguro já conhecido de antemão. Mas se nosso futuro é incerto, porque continuamos a lutar? Vivemos como um ratinho de laboratório que fica exaurido correndo em uma roda que não leva a lugar algum, simplesmente porque existe um pedaço de queijo, ou um outro prêmio utópico pendurado a nossa frente, que talvez nunca vamos alcançar.
Mas seria diferente... Se resolvêssemos o nosso problema com as dimensões passado, presente e futuro dependeríamos menos do acaso e viveríamos como se tudo dependesse de nós, por mais que não dependa.
Eu queria que fosse diferente... Entretanto, sei que meu querer em relação ao passado está intimamente relacionado ao que o passado me proporcionou e transformou, e ao presente que deixou de ser passado, e direciona meu futuro. A lembrança de quem fui me faz encarar quem sou e refletir em quem me tornarei. Talvez me torne até alguém que hoje não quero ser. Talvez a estagnação nem deixe me tornar. Talvez... nem seria diferente...

(Bruno Oliveira)